O presidente da Comissão da União Africana, o gabonês Jean Ping, está na Costa do Marfim para tentar mediar entre os dois políticos rivais que reivindicam a presidência do país.
A tarefa principal de Ping será tentar impedir que a Costa do Marfim regresse aos tempos da guerra civil, que dividiu o país em duas regiões.
Oito anos depois do fim das hostilidades, os antigos rebeldes das Novas Forças continuam a controlar a maior parte do norte do país e o governo central administra principalmente o sul.
Pelo menos 20 pessoas foram mortas na quinta-feira quando apoiantes de Alassane Ouattara confrontaram as forças leais a Laurent Gbagbo.
A chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, disse que a crise era da responsabilidade “das pessoas que estavam a impedir Ouattara de assumir o poder.”
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que Laurent Gbagbo terá de abandonar o poder até ao fim desta semana – sob pena de enfrentar sanções da União Europeia.
Os apoiantes de Ouattara dizem que, esta sexta-feira, vão voltar a tentar tomar o controlo da televisão estatal e de outros edifícios governamentais.
Ouattara é o homem internacionalmente reconhecido como tendo sido o vencedor das eleições presidenciais.
A sua vitória foi confirmada pela Comissão Nacional de Eleições e reconhecida pela CEDEAO, pela União Africana, pela União Europeia e pela ONU.
Contudo, a Conselho Constitucional Marfinense anulou milhares de “votos fraudulentos” de algumas assembleias da região norte – que apoia Ouattara – e declarou Gbagbo como vencedor.